Pesquisar este blog

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

O Outro Lado da Moeda

Mentiras e falsidades vêm estampadas
Em uma cédula de plástico de dez reais
Mostrando que estupro e genocídio
São coisas muito naturais
Foi no ano de 1500 que nesta terra
Um homem desembarcou
Logo em sua chegada
O que ele avistou?
Pessoas diferentes, culturas diferentes,
Indivíduos sem roupa
Preste atenção, pois a história é outra:

Na escola aprendi uma história diferente
Troca de favores, troca de presentes
Mas não foi assim que isso aconteceu
Se tornaram escravos e muita gente aqui morreu
Índias estupradas, crianças foram mortas
Levaram nosso ouro, pois haviam aberto as portas
Pegue, pegue o ouro
Pegue tudo o que puder
Transforme em escravo;
Homem, criança e mulher
Carregue seu navio, lote a sua nau,
Essa é a história de um herói chamado cabral,
Que enriqueceu o outro continente
Matando nossos índios, usando nossa gente...

Esses são os fatos que você não viu
O outro lado da moeda,
Da história do brasil!

E lotou os cofres da coroa portuguesa,
Obrigado cabral, obrigado à igreja!
Que com o seu blá, blá, blá,
Disse os índios ter catequizado
A uníca coisa que conseguiu
Foi tranformá-los em escravos,
Falando de escravidão os índios foram os primeiros
A segunda raça de escravos
Veio em navios negreiros,
Aproximadamente 10 milhões de negros
Arrancados de suas famílias
Apavorados e com medo,
Transformados em escravos
Devido a sua cor
Conheceram o inferno,
Conheceram o pavor,
Deixando para trás seus filhos e parentes
Morrendo em navios
Como mendigos e doentes.
Os anos se passavam
E a escravidão continuava
Trancados em senzalas, morrendo de malária,
A quantidade de escravos no brasil era imensa
E o sábio rei, sentiu a diferença;
Viu que os negros, nada consumiam,
Que com apenas restos eles sobreviviam,
Vivendo como porcos e querendo sobreviver
Quem tentava fugir, apanhava até morrer.
A ordem foi dada:
“ libertem os escravos,
Para que consigam trabalho
E ganhem um salário,
Queremos que seu dinheiro
Gire em nosso mercado ”.

A lei foi assinada por uma tal de isabel,
Que rabiscou seu nome
Na linha de baixo de um papel,
Escravos libertados
E a princesa levou a fama,
E mais uma vez os negros foram jogados na lama
E a população negra pelo país se dividiu
Havia negros em toda,
Em toda parte do brasil
Alguém tinha que fazer algo
Isso não ficaria de graça,
Imigrantes alemães e italianos
Para branquear a raça
Festa da uva em caxias
Em blumenau, oktoberfest
Para o negro o que sobrou?
Virar cantor de rap

Refrão

Quem nunca ouviu a história
Dos negros lanceiros,
Que morreram como heróis
E bravos guerreiros?
Mas não foi assim que isso aconteceu
Vou contar a verdade como esse povo morreu;
Juntaram uma pá,
Uma pá de negão,
Contra armas de fogo
E balas de canhão,
A cena lembrava até um filme
No meu vídeo
Matança coletiva,
O verdadeiro genocídio!
Empunhando suas lanças e com medo
A forma mais eficaz
De exterminar os negros,
Milhares de negros foram assassinados,
E ao povo gaúcho eu deixo o meu
Muito obrigado!
Que dizem ser um povo tradicionalista
To pra ver gente mais racista!
E dizem ser um povo muito amigo
Se não for preto no ctg é bem-vindo,
Discriminam você, sua mãe, sua irmã,
A versão tradicionalista
Da porra da ku klux klan!
Começou tudo errado onde vamos parar?
Eu sei que o racismo nunca vai acabar,
Porque a educação deve vir de dentro de casa
Você aprende o racismo
Em forma de piadas,
E pra racismo não existe remédio
Você aprende com os amigos
No intervalo do colégio,
E vai passando de geração a geração
A diversão de racista
É falar mal de negão,
E adora ensinar para seu filho
Que cor negra é sinônimo de bandido,
Oh meu senhor, nos ajude!
Quando isto vai acabar?
Olhe aqui pra baixo
E venha nos ajudar!
Eu já fiz rezas para
Milhares de santos,
Infelizmente acho que deus
Só ama os brancos!

Refrão guinho 2004

Nenhum comentário:

Postar um comentário